É Dia De Jogo

Para o dia correr bem Portugal vai perder por um a zero.

Autogolo do senhor Silva depois do senhor Ramos falhar uma grande penalidade.

Não é bem, bem um prognóstico, mas assim uma espécie de um desejo secreto.

Como não sou daquela singela aldeia e sede de freguesia do Concelho escalabitano assumo que não sou "isento".

E então no que se refere ao Sporting muuuuuuuuuuuuuuito menos.

Dito isto também aceito que os outros que não sejam do Sporting não sejam isentos sendo ou não naturais da tal aldeira ribatejana.

Porém uma coisa é onde se nasce outra onde poisa o nosso coração. E no meu caso é óbvio que Alvalade é o local perfeito.

Mas falemos agora de coisas mais sérias. Ainda não percebi bem o porquê de tanto alarido por um auto golo e um pontapé de canto bem marcado. Mais, onde é que as arbitragens terão culpa nisso? Pergunto eu!

Tenho consciência que noutros anos também me queixei das arbitragens e do poder paralelo que se fazia sentir. Só que nesta altura não percebo onde está o poder no Conselho de Arbitragem.

O Sporting tem sido beneficiado em alguns jogos? Tem! Mas não é por qualquer demonstração de força dentro de algumas instituições, são apenas erros de arbitragem.

Todavia no fim do campeonato feita a contabilidade do deve e haver do benefício provavelmente as contas ficarão saldadas.

Finalmente uma palavrinha a Rui Borges: companheiro ponha essa malta a jogar à bola, como eles sabem.

Faxavor também se cá gasta!

Há uma história, uma série na Netflix, que recomendo, é inspirada em factos (já conhecia estes acontecimentos antes da série) que nos deixam a pensar:

Como foi possível?

Como foi possível enganar todos ao mesmo tempo?

Neste momento, em Portugal, estamos a ser alvos de uma narrativa semelhante, quando as fake news querem ser a história oficial.

Há semelhanças entre as duas histórias, os calotes em hotéis de luxo, no caso de José, 36.5 milhões de liras turcas, é obra, um setubalense que espeta um calote de 36.5 milhões a um hotel tem a minha admiração, tal como o Militão, outro génio do crime made in Portugal.

A Bola sintetiza muito bem o acontecido:

Parece bruxedo [de Nhaga].

Bem podem José e Rui choramingar, o árbitro marcou penalty, Trubin defendeu. O lance acabou ali, o penalty, supostamente, mal assinalado, acabou ali.

Que culpa têm o árbitro e o VAR que um defesa do Benfica no lance seguinte tenha efectuado um remate ao ângulo da própria baliza (uma excelente concretização, diga-se)?

Bem sabemos que os jogadores do Benfica estão autorizados a jogar a bola com o braço e a marcarem golos com a mão (Vata) mas nem sempre corre bem, há coisas que dão nas vistas, até o Duarte Gomes viu, nem sempre a batotice resulta, nem sempre a choraminguice resolve.

Vamos ver que castigos vão surgir após esta inacreditável pressão sobre a arbitragem.

Adenda:

Para os interessados na verdade desportiva neste lance o jogador do Vizela está de costas para a bola e vê (não vê, claro) a bola ressaltar das costas para o braço. Parece impossível mas foi assinalado penalty a favor do Benfica.

Comparar com o lance, de ontem, António Silva está a ver a bola e tem todo o tempo, do mundo, para afastar o braço, com volumetria exagerada, dali.

Há muuuuuuuitos anos um tal de Luiz falou duma epopeia em dez cantos. Uma estória fantástica onde em cada canto narra uma epopeia que perdurou até aos dias de hoje.

Ontem na bela ilha de S. Miguel houve também cantos. Uma dúzia para ser mais preciso. Mas de todos os cantos escritos naquele imprestável relvado apenas um ficará para a história.

Aquilo estava a correr mal, estava sim senhor e já se previa um empate que não sendo justo para o Sporting, a verdade é que a equipa não fez muito para contrariar o resultado.

Até que aos 90 mais quatro um tal de Quenda quiçá aparentado ao javanês Jau, conseguiu por arte e engenho ganhar um canto a favor do Sporting.

Façamos aqui uma breve interrupção para dizer o seguinte: um canto é lance normal que pode ser golo se a equipa que defende não se preparar para tal. Portanto…

Foi o Quenda a lançar a bola num centro tenso e com um viking a voar sobres os centrais e de cabeça enfiá-la na baliza contrária.

Um canto que pode tornar-se histórico, como foi o do Quaresma em Alvalade contra o Gil Vicente que também escreveu umas coisas, mas que não foram cantos.

Brincadeira à parte a verdade é que a bola não foi tocada por um jogador vermelhusco, mas o assistente fiou-se no ressalto da bola. Saiu beneficiado o Sporting sim, mas num jogo quantos cantos se marcam e dão golo? Quantos?

Se há benefício para o Sporting no lance há certamente burrice do Santa Clara em não saber defender as suas redes.

Finalmente o Sporting só se pode queixar de si mesmo.

Se Camões estivesse por cá diria:

Anda sempre tão unido o meu tormento comigo que eu mesmo sou meu perigo.

Kant, na Crítica da Razão Pura, tem este pensamento:

"Se levais duas sacas de milho para o moinho e a primeira é mal pesada, tendes ficado com um quilo a menos e a segunda, também, foi mal pesada, desta vez, ficasteis com um quilo a mais, então o moleiro não te prejudicou nem beneficiou. O teu milho foi, correctamente, pesado; é o que nos diz a razão, a razão pura".

Assim é no futebol, conferir, aqui:

https://x.com/JooLuis85974497/status/1987289902711541931?s=20

Se há um canto que é transformado em pontapé de baliza e um pontapé de baliza que foi transformado em canto, fez-se justiça.

Um treinador serve para conseguir, para tornar os seus jogadores melhores, levá-los a conquistas.

Estas são as capas de dois livros que reli há pouco tempo (no ano passado). Um conseguidor, o outro especial.

O especial, culpa as arbitragens, culpa o plantel do Benfica que era fantástico quando ele estava na Turquia mas agora (nas suas [dele] palavras é péssimo) culpa Lage. Enfim a culpa é de todos, excepto dele. A culpa do Gil Vicente ter dado um banho de bola ao Benfica na Luz, na opinião de Mourinho, foi da arbitragem, foi dos jogadores imprestáveis e de Lage, a culpa das derrotas na Champions é das arbitragens, dos jogadores imprestáveis e de Lage, o Zé de Setúbal nunca é responsável, não tem culpa de nada.

Pensar que apesar de tudo há sportinguistas que gostariam de ver este cromo no Sporting ou na Selecção Nacional é algo que transcende a minha capacidade de análise.

Mais um dia no escritório do João Pinheiro.

Adenda:

O candidato, comentador de arbitragens na CMTV, assegurava, ontem, que não era expulsão pois o Sudakov tinha o calcanhar assente na relva, logo a pressão no pé/tornozelo do jogador do Vitória foi ínfima.

Ora cá está o calcanhar "assente na relva", na relva cor de laranja com pitons e atacadores.

É caso para dizer que o Vitória foi VARado no campo e PINAdo no estúdio da CMTV.

Blopa, Salvador Blopa.

Como diria o outro:

My name is Blopa, Salvador Blopa.

Boa sorte miúdo são os votos de todos os que escrevem neste blog, excepto o Edmundo, que prefere avançados com mais de quarenta anos, experientes.

Adenda ao intervalo:

É isto, não é necessário ter quarenta anos para marcar golos.

Geovany tem 18, Salvador, também (os dois têm 36 anos).

Ainda não foi desta que o novo Vale e Azevedo se fez eleger presidente.

Pensava ele que uma carinha laroca, uma influencer seria garantia de sucesso mas pipocou.

Uma carinha laroca e o bobo do regime. A mulher do arrumadinho e o engraçadinho e as eleições seriam trigo limpo, farinha Amparo.

Afinal os votos não ampararam o ex-futuro Vale e Azevedo.

E o que tem o Sporting a ver com as eleições do Benfica?

Tem tudo, já tivemos a nossa dose, um artista do entretenimento como presidente.

É bom que os artistas do entretenimento, as pipocas e afins, entretanham, façam rir mostrem os peitos, mas não pensem que são o que não são. Não são líderes, não são importantes, não são determinantes, são, apenas, uns convencidos que aparecem na televisão.

Tenho o maior respeito pelas pessoas que saiem do seu (deles) país para trabalhar.

Vários irmãos do meu pai fizeram-no, um irmão meu, também.

Não tenho respeito nenhum por um badameco que se queixa que joga muito, que trabalha muito.

E as pessoas que trabalham de sol a sol, pá?

Sabes lá o que é estar no campo com as orelhas cheias de frieiras e as mãos engadanhadas a descobrirem bagos de azeitona no meio da geada.

Sabes lá o que é trabalhar com as aranhas e os lacraus a mordiscarem-te o corpo.

Sabes lá o que é veres o pôr-do-sol mas teres de aproveitar o crepúsculo para estenderes os panos para o outro dia.

Ai coitadinho, jogamos muito, estamos muito cansados, tantos jogos.

Vai trabalhar, pá! O José da Xã explica-te como é.